Métrica e Pausa: Amor rima com dor!
Poetry Slam
Para quem acompanha o blog Bem
Instruída já deve ter percebido minha paixão por livros, escritores, livrarias,
bibliotecas etc. Não é em vão que minhas postagens giram em torno desse
universo. É importante ressaltar que a demora entre uma postagem e outra não
significa que tenho desistido de tudo isso, pelo contrario, tenho lido compulsivamente...
Como conseqüência positiva, acabei ampliando meu estilo de leitura e fazendo
descobertas arrebatadoras. Foi em uma dessas “sede por leitura” que meus olhos
pousaram em um romance que estava entre o tópico de literatura estrangeira, de
imediato o levei para casa para saciar minha curiosidade. O título? Métrica. E logo em baixo dizia Slammed. No mesmo instante minha mente
fez automaticamente a seguinte separação: Slam-
med (SLAM!!!)
Ou seja, Competição
de poesia! Como assim? Um romance que falava sobre competição de
poesia? Em um instante, eu necessitava daquele livro!
Slam, conhecido como Poetry Slam e traduzido como
Poesia falada ou Competição de Poesia. Não é apenas você pegar um poema de um
autor qualquer e citá-lo em um palco. No Slam a Poesia tem que ser de autoria própria e o
candidato (ou slammer) faz sua apresentação combinando as palavras com um desempenho
corporal em seus movimentos, intensificando os sentimentos e expondo-os de tal
forma que quem presencia consegue sentir a profundidade das palavras.
O romance criado pela escritora americana Colleen Hoover,
deixa o tema morte pairando sobre a
vida das personagens fazendo com eles tenham que lidar com os sentimentos e
frustrações que ela produz de forma precoce, se bem que eu acredito que não
importa a idade, o ser humano nunca estará preparado para aceitar a morte com
facilidade. Neste momento, Hoover cita
sabiamente o “processo de morre” abordado pela escritora Elizabeth Küble-Ross os
organizado em cinco fases: Negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Ao misturar os temas
opostos: vida
e morte, amor e dor, ora dentro da prosa ora da poesia; e esta última sendo usada
para expor uma percepção mais profunda ao leitor. Hoover conseguiu criar um diferencial que reforçou as características
e personalidades das personagens levando-me a sentir um abalo emocional diante
das situações vividas pelas mesmas. Logicamente que ela também comete seus pecados
afinal, esse foi seu primeiro romance.
Dificilmente eu me agrado das “mocinhas”,
os clichês que as cercam ainda são muito evidentes. No entanto, eu gostei da Layken,
não sei bem explicar o motivo, algumas vezes eu senti vontade de dar-lhe uns
conselhos... Lógico, ela não é uma Elizabeth Bennet da vida
literária, mas eu simpatizei com ela! Já a personagem masculina me fez
suspirar... Eu simplesmente adorei Will. Ele tem um carácter que de início
é semelhante a um uma brisa e aos poucos vai se transformando em um vento
agradável até virar uma tempestade. Ele cresce na trama e no segundo livro, Pausa (Slammed
II) sua narrativa é muito estimulante em vários sentidos. Sua paixão pela
poesia é contagiante, o que é normal já que ele é um jovem professor de
literatura, tudo bem, esse fato me agradou muito. Enfim... Slammed é uma trilogia encantadora, eu
recomendo!
Citação do livro
Métrica sobre Slam:
- E o que é Slam?-
pergunto.
-E poesia – Ele sorrir
para mim.- É disso que eu gosto.
(...)
- As pessoas sobem La e
colocam o coração pra fora usando apenas as própria palavras e os movimentos do
corpo - diz ele. - É incrível. Você não vai escutar nada de Dickinson nem de
Frost aqui. (Métrica p. 47)
Will escrevendo para
Layken:
“Se
eu fosse um carpinteiro, eu construiria para você uma janela para minha alma.
Mas
eu deixaria a janela fechada e trancada, assim, toda vez que você tentasse
olhar por ela...tudo que veria seria seu próprio reflexo.
Você
veria que minha alma
É
um reflexo de você...( Livro Pausa, p.64)
Difícil é não se
apaixonar...
Na próxima postagem
irei escrever uns poemas que a escritora usou nas apresentações das personagens
no Slam.
Beijos..