sábado, 24 de maio de 2014

A literatura na construção da Leitura de Mundo


A literatura na construção da Leitura de Mundo 

        
            Hoje, só para variar, que tal um pouco de questionamento em prol do conhecimento? Chamamos de leitura de mundo o conjunto de percepções que temos ou construímos com base na realidade em que vivemos. A minha ideia é: questione sua realidade! A empatia é uma grande aliada nesta busca. Na medida em que "pegamos os olhos do outro" conseguimos respeitar sua opinião ou apresentar argumentos sensatos acompanhados de um bom diálogo!

         Escrevi essa postagem tomando como base o texto escrito na revista Conhecimento Prático/ Literatura. O título: Leitura de Mundo, Empatia e a Questão do Erro. Por Júlio Furtado.
Adorei o efeito reflexivo que as palavras do autor me causou. Compreendo e concordo quando ele aborda sobre os benefícios que a leitura de livros literários acrescentam na ampliação do conhecimento dos diversos fatos sociais. Furtado acrescenta: "Nesse tocante, a literatura se apresenta como um caminho bastante frutífero no processo de amadurecimento humano. Ao ler uma história, uma opinião ou relato, fazemos contatos com opiniões, ideias e valores muitas vezes diametralmente opostos aos nossos de uma forma suave e não relativa".(p. 21). Quando penso sobre os variados livros que já passaram por minhas mãos e olhar atento, percebo que minha forma de pensar e agir é guiada pelo resultado dessa aprendizagem literária. Sob um olhar avaliativo, desconheço com orgulho a versão antiga do meu eu. A literatura despertou minha empatia de forma natural. Hoje, um fato visto como algo marginalizado ou através de conceitos indevidamente preparados, passa pela análise metódica de minha mente buscando compreender e respeitar as diversas versões, a influência cultural e religiosa, bem como a importância de cada uma, além dos fatores históricos, filosóficos e sociais.
           A medida que amadurecemos nossa leitura nos acompanha nesse processo, aos poucos nos desligamos de algumas crenças e confrontamos o antigo com o novo. Entendo que essa perspectiva é pertinente para a construção de novas informações,  não que estejamos traindo nossos princípios, pelo contrario, estamos enriquecendo e ampliando nosso conteúdo. 
          "Quanto mais acrescentamos novos significados à nossa forma de ver o mundo, mais "inclusiva" se torna a nossa percepção e mais empáticos nos tornamos". (p.19)
Seria essa a característica que falta em nossos professores? Em nós? Furtado diz que cabe ao professor facilitar esse processo onde um se coloca no lugar do outro, o docente deve se colocar no lugar do discente ajudando de maneira efetiva na elaboração da aprendizagem e compreensão do erro.
 A sala de aula é um dos principais ambientes onde mais se constrói o conhecimento para que o aluno possa usá-lo em seu cotidiano como cidadão e profissional. Não existe nada pronto e acabado, ninguém nasce sabendo. A vida é uma escola diária onde o aluno de hoje, será o professor de amanhã. 
          Logicamente que a Literatura não é a única beneficiadora dessa construção, existem diversas manifestações, inclusive também artísticas, que atuam diretamente  na leitura de mundo. Veja os exemplos abaixo:

























Referências
Conhecimento Prático/ Literatura Número 54, p. 18-21
Revista BBC História Mundo Grego 9° edição
Gênios da Arte: Dalí
Enciclopédia: Literatura Universal

terça-feira, 13 de maio de 2014

Uma forma simples de compreender a inquietude de Kafka

       
                          Uma forma simples de compreender a inquietude de Kafka

          Tenho que confessar publicamente meu amor pelo dono das orelhas mais charmosas que já vi: Franz Kafka! Okay, okay!!! Deixando de lado a brincadeira.... Nesta semana eu estava observando a pintura de um certo artista expressionista (estilo que define e reproduz a realidade de maneira “deformada” e inquieta) quando foi citado como exemplo literário nesse estilo, o próprio Kafka. Para quem não sabe, meu “caso” com Kafka iniciou na adolescência e aprofundou-se na faculdade quando apresentei um seminário analisando uma de suas obras. Alguns meses depois ganhei uma biografia em forma de romance chamada Kafka e a marca do corvo, da escritora Jeanette Rozsas. Tudo bem que a autora da biografia tem uma escrita deliciosa, durante sete horas seguidas só parei a leitura quando suas páginas foram encerradas. Enfim... Minha sentença de amor foi cravada!

           Kafka merece todo mérito que lhe é atribuído! Escritor tcheco de língua alemã, podemos dizer que ele definitivamente não foi o filho tão esperado de um pai que desejava apenas continuar sua linhagem com características hereditárias idênticas aos de seus antecedentes. Tal frustração fez com que seu pai construísse uma grande barreira diante de seu “miúdo” e intelectual filho. E para completar a carga problemática, para quem não sabe, Kafka era judeu, não que isso fosse um empecilho. No entanto, nascer em uma família judaica numa época em que a segunda guerra mundial já demonstrava traços de um conflito inevitável, não deixava a vida de ninguém mais fácil. Mas por sorte, ele morreu antes do conflito bélico estourar, já seus familiares não conseguiram evitar brutal destino e acabaram morrendo em campos de extermínio construídos pelos nazistas. E para fechar de forma clichê, sua vida amorosa foi bem instável. Noivou duas vezes com a mesma mulher (sem sucesso em ambas ocasiões) e se envolveu com outras três que marcaram sua vida.
          
          Mesmo com a saúde sempre debilitada alternando entre um sanatório e outro, Kafka adorava escrever e não deixava que nada lhe impedisse de exercer o ofício que tanto amava. Certa vez ele disse: “Tudo que não é literatura me aborrece”. Todas as coisas que ele escreveu é a soma ou melhor, o resultado dos conflitos de seu cotidiano, relacionamento frustrante com o pai além dos eventos e exigências sociais. Gosto de considerar que em alguns momentos sua vida virou o “expressionismo em si” onde a realidade tornou-se tão inquieta que foi inevitável não escrever sobre.
         
              Outro ponto que precisamos saber é que suas obras são parecidas em muitos aspectos, por exemplo: Universo repleto de angustia e opressão onde o indivíduo está sozinho diante da justiça, poder, burocracia e sociedade acrescentando que em muitos casos tudo parece hostil e confuso. Pois é, para quem acompanha o noticiário diariamente deve pensar que são semelhanças muito parecidas com a realidade que nos cerca. E para quem chegou a essa conclusão, posso garantir que você acertou. Kafka possui obras repletas de reflexões que ainda podem ser contextualizadas e dialogadas em pleno século XXI, atribuindo ao escritor uma característica de cânone literário. A maior parte de suas obras (contos, novelas, romances, cartas e diários) foram publicadas postumamente, e seu merecido reconhecimento aconteceu da mesma forma.


domingo, 11 de maio de 2014

Origem do Dia das Mães: Visão Panorâmica

Origem do Dia das Mães: Visão Panorâmica
Na Grécia Antiga os primeiros indícios de comemoração desta data. Os gregos prestavam homenagens a deusa Reia, mãe comum de todos os seres. Os romanos, que também eram politeístas e seguiam uma religião muita parecida com a grega, faziam este tipo de celebração.
Porém, a comemoração tomou um caráter cristão somente nos primórdios do cristianismo. Era uma celebração realizada em homenagem a Virgem Maria, a mãe de Jesus.
Mas uma comemoração mais semelhante à dos dias atuais podemos encontrar na Inglaterra do século XVII. Era o “Domingo das Mães”.  Durante as missas, os filhos entregavam presentes para suas mães. 
Nos Estados Unidos, a ideia de criar uma data em homenagem às mães foi proposta, em 1904, por Anna Jarvis. A ideia de Anna era criar uma data em homenagem a sua mãe que havia sido um exemplo de mulher, pois havia prestado serviços comunitários durante a Guerra Civil Americana.
Após estes eventos, a data espalhou-se pelo mundo todo, porém ganhando um caráter comercial. A essência da data estava sendo esquecida e foco passou a ser a compra de presentes, ditado pelas lojas como objetivos meramente comerciais. Este fato desagradou Anna Jarvis, que estava muito desapontada em ver que o caráter de solidariedade e amor da data estavam se perdendo. Ela tentou modificar tudo isso. Em 1923, liderou uma campanha contra a comercialização desta data. Embora com muita repercussão, a campanha pouco conseguiu mudar.

Fonte: http://www.suapesquisa.com/historia_dia_das_maes.htm. Acesso em: 11/05/2014 às 13:00. 

Dica de leitura para quem ainda não sabe que livro presentear sua mãe, esposa ou sogrinha! Aliás, os livros são ótimos presentes para as diversas datas!