Poesia de Pedra
“Como
faço uma escultura? Simplesmente retiro do bloco de mármore tudo o que não é
necessário”. Michelangelo.
Amo inexoravelmente Jane Austen. Tenho todos
os seus livros, adaptações cinematográficas de suas obras, séries adaptadas
pela BBC e até papel de carta com a “imagem” dela... O que eu posso fazer? Foi
amor a primeira leitura! O que Jane
Austen tem em comum com a frase dita por Michelangelo? Acredito que nadinha!? Talvez o fato de ambos serem criadores de obras eternizadas!
Contudo, quando eu estava
assistindo (pela milésima vez) a versão mais recente (2005) de Orgulho e
Preconceito, sempre me encanto com uma cena linda onde a Elizabeth entra na
casa do Sr. Darcy e se depara com um acervo de esculturas gregas, a cena é tão
sensível e artística que chega a transpirar poesia, a personagem se perde no
tempo atravessando os séculos através das obras de arte.
Inspirada nesta cena de
Elizabeth gostaria de compartilhar as obras de arte que mais admiro através de um
painel com algumas imagens esculpidas com perfeição em blocos de mármore,
herança da mitologia helênica que com minucioso cuidado conseguiu conquistar
contornos reais. “Quando ganho meu tempo”
admirando as obras do mundo grego esculpidas em mármore, sempre reflito que elas
também possuem de alguma forma a mesma intenção que a fotografia, apesar de a
fotografia utilizar aparatos tecnológicos, enquanto a escultura era esculpida
apenas com algumas técnicas, ferramentas e instrumentos manuais. Ambas servem como
um meio de registrar imagens para a posteridade nos contando histórias de um
povo, de uma geração, suas crenças e costumes.
Seus valores são de extrema importância para que possamos compreender
nossa identidade histórica e cultural.
PAINEL
Tesouro Genuíno: Vênus
de Milo, a mais famosa representação da deusa Afrodite, foi encontrada por um
camponês, em 1820, na ilha de Milo- e, logo em seguida vendida a um francês por
meia dúzia de cabras.
Indomáveis guerreiros: Teseu e o centauro se enfrentam, em escultura do italiano Antônio Canova, do século XVIII.
Ares Ludoviside, de Lorenzo Bernini. A escultura do artista barroco italiano do século XVII personifica Ares, o deus da guerra.
.
Versão romana de Apolo,
o deus grego da música, com sua inseparável lira. Em exposição nos Museus Capitolinos,
em Roma.
Atlas o titã condenado por Zeus a carregar o mundo para sempre em suas costas. Tem uma escultura muito mais bela nas ruas de Pafhos, Chipre.
Adônis e Afrodite, em
irretocável obra-prima de Antônio Canova.
A imagem que eu tenho de Adônis e Afrodite em minha revista de história é muito mais nítida, pela internet eu só encontrei essa, acredito pela legenda que é a mesma, visto que se encontra o nome do escultor logo abaixo.
Zeus e Ganimedes-
transformação em águia, o deus carregou até o Olimpo o belo mortal por quem se
apaixonou. Escultura do dinamarquês Bertel Thorvaldsen.
Armado com o escudo de bronze de Atena,
sandálias aladas, o capacete de Hades e uma afiada espada de aço dada por
Hermes, o herói Perseu decepou a cabeça de Meduza, uma das três górgonas. Cópia
de estátua de bronze de Benvenuto Cellini.
Provável aparência da
estatua de Atenas: centro das atenções no antigo Partenon (parthenos significa "virgem" em grego). Ela é a deusa da sabedoria, razão e equilíbrio.
Referência
Revista História da
BBC: Mundo grego, dos deuses e mitos às guerras e heróis. Ano 1, edição nº 9, p.26-29.
“Adoramos as imagens e
desprezamos os que as esculpem” Sêneca, filósofo
romano, séc. 1d.C.
Priscila, tive a oportunidade de ir à Galeria dell'Accademia, em Florença, e estar frente a frente com David, de Michelângelo... ainda agora sinto uma onda de tremor ante a superação da relação arte/obra, o que vi, ali, foi vida... bjs
ResponderExcluirNão tenho muita certeza Agora, mas me parece que a obra original se encontra na França. Tb não sei se ela já voltou para Itália, mas enfim.. ..
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