Os contos de Fadas
Definitivamente eu adoro os contos de
fadas! No entanto, aprecio ainda mais a significação que cada conto lúdico tem
por trás das palavras que formam um conjunto encantador de aventuras
maravilhosas recheadas de amor e medo!
Lembro como se fosse hoje, “Tudo começou no primeiro período da faculdade”... ok!!
Só para entrar no clima da narrativa rs.

Pois bem... deixando de lado meu
desejo consciente em transfigurar – me em fada Tinker bell... Foi surpreendente
ter todos aqueles olhinhos vidrados em mim enquanto eu contava às histórias que
me encantaram na infância. No final do dia eu fui embora com algo que me
intrigava há um bom tempo e só intensificou com a quantidade de contos narrados
durante o dia. A mesma pergunta vinha a minha mente quando eu falava do lobo
mal, madrasta má, floresta escura, criança sozinha na floresta, gigante,
abandono etc. Era nestes momentos que as crianças ficavam tensas e curiosas...
eu me perguntava qual o motivo das situações de medo e conflito sempre pareciam
mais atraentes para elas?

A verdade sobre os Contos de Fadas é que eles são posteriores aos mitos e às fábulas.
Além de sempre despertar um encantamento em quem os lêem. Eles refletem sobre as
civilizações e proporcionam uma conservação das tradições humanas. Algo que tem
me intrigado nos contos de fadas é a constante presença do medo em algumas
questões fazendo com que possa ser percebido de maneira consciente ou
inconsciente como uma ação pensada contendo um conteúdo significativo.
A
crítica literária infantil vem mostrando que é ingenuidade pensar que os contos
de fadas são inocentes, visto que podem ser questionados. Eles estão na gênese
da cultura popular e grande parte da ideologia presente neles está de certa
forma mascarada como o oposto do que realmente é. É pertinente lembrar que os
contos de fadas derivaram de narrativas que
foram escritas para a sociedade de forma geral, visto que nesse tempo não tinha
uma visão de infância e as crianças eram apenas adultos em miniaturas; a
intenção era de utilizar a linguagem oral para discutir sobre fatos recorrentes
da época.
O homem é capaz de
dominar a palavra para simbolizar os fatores sociais. A arte “de dizer” fez com
que ele repassasse as tradições entre as gerações perpetuando-as. Primeiro, as
narrativas orais utilizaram os mito, contos populares, fábulas e posteriormente,
surgiram os contos de fadas. Este último
nos remete a arte “de dizer,” a narrativa.



Esses livros são apenas alguns dos que eu usei como fundamentação teórica. Eu pesquisei e conversei com pessoas da área da psicologia pois foi preciso fazer um "casamento" de ideias entre a teoria literária e a psicanálise. E posso dizer que rendeu muitos frutos!
Beijos!
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