Uma rápida reflexão sobre o comercio literário

Também é comum
encontrarmos em redes sociais comunidades (inclusive o Bem Instruída possui uma
página no face), onde podemos compartilhar de forma rápida apenas uma pequena
parte de algo maior. Até mesmo fotos, citações, novidades literárias, promoções,
além da página “oficial” do livro, trilogia, série ou escritor preferido. Graças
às tecnologias disruptivas, não importa em que canto do mundo você se encontra,
na era do multiculturalismo estamos todos unidos por meio de uma rede e varias
são as ferramentas para aumento da venda e facilidade do consumo literário.

(acima temos a imagem da livraria Cultura em Recife).
Não
sejamos tão ingênuos... Os livros não são criados apenas pelo fato do escritor
ter amor a escrita! Ser escritor é um oficio criativo que requer dedicação e
estudo como todas as outras profissões, e naturalmente ele espera um retorno
financeiro. Quando uma editora recebe de um escritor a proposta de um livro,
eles a analisam dentro de uma perspectiva comercial. - O que as pessoas se
interessam? O que estão lendo?- Não é por acaso que os livros eróticos para
mulheres vendem tanto, afinal, nós adoramos!!
Todavia, nem tudo que surge no cenário
literário contemporâneo é de boa qualidade. Não estou construindo aqui uma
crítica destrutiva a esse tipo de leitura. É fato que ninguém vive a margem do
capitalismo, é inevitável. Temos apenas que sermos seletivos. Eu gosto muito de
Best-Sellers, entretanto, meu gosto não me impede de ter uma visão critica. Há
livros que tenho vontade de jogar pela janela, há aqueles que gosto tanto que
sonho com as personagens...
Só gostaria de lembrar para que
busquemos um equilíbrio, pois à medida que as vendas de best-sellers aumentam,
diminui a divulgação dos livros de escritores renomeados. Infelizmente a
literatura brasileira e universal não são frequentemente discutidos em
alguns blogs ou comunidades. E quando é feito, é para um público específico, o
que só afasta a grande massa de leitores, criando preconceito. Não podemos
deixar de ler Machado de Assis, Aluísio Azevedo, Raquel de Queiroz, Ariano Suassuna,
Ferreira Gullar, Jorge Amado, Nelson Rodrigues, Emily Brontë, Jane Austen,
Júlio Verne, Victor Hugo, Edgar Allan Poe, Gustave Flaubert, Kafka... Esses
escritores também escreveram sobre distopias, humor, amores impossíveis,
erotismo, guerras, ficção científica, suspense, conflitos. Não devemos esquecer
que eles são exemplos e inspiração para muito novos escritores, pois suas
temáticas ainda permanecem contemporâneas.
Beijos.
Essa postagem surgiu dos meus diálogos com Jorge Viana, pessoa diretamente ligada ao mercado de livros. Obrigada!
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário